segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os vaga-lumes



Estamos cercados por paredes de concreto, as cidades  trouxeram   desenvolvimento   e progresso, contudo contribuiu também para o afastamento e desaparecimento de muitos seres vivos.


Quando era criança gostava de observar aqueles bichinhos que emitiam luz, os vaga-lumes, que voavam entre as folhas das arvores ou gramíneas, hoje, o asfalto e o progresso tratou de espantar esses animais e raramente podemos vê-los perto da vida urbana.

O vaga-lume ou pirilampo, do grego pyris (pyros) = fogo e lampis = Luz, é um inseto, besouro (coleóptero), com cerca de 1 a 3 cm de comprimento,  sua coloração vai do amarelo claro ao marrom escuto, podendo ainda terem faixas pretas pelo corpo, sua expectativa de vida é curta, seu habitat são as matas, florestas, campos e brejos. A espécie mais comum no Brasil (Lampyris noctiluca) onde somente os machos podem voar. 

Eles emite luz devido a órgãos fosforescentes localizados no abdômen. Essa emissão de luz ocorre devido a reações químicas através da oxidação biológica da luciferina (pigmentos responsáveis pela bioluminescência) produzindo após a perda da energia no processo a emissão de luz. A luz emitida não gera quase calor e os órgãos responsáveis estão associados a traqueia e o cérebro fazendo com que eles possam controlar esse artifício.

O processo: 

- Uma molécula de luciferina é oxidada por oxigênio, em presença de ATP (trifosfato de adenosina), quando ocorre a formação de uma molécula de oxiluciferina, que é uma molécula energizada.
- Quando esta molécula se desativa, perde sua energia, passa a emitir luz.
- Isso só ocorre na presença da luciferase (proteínas compostas por aminoácidos), enzima responsável pela oxidação.
- Para cada molécula de ATP consumida na reação, um fóton de luz é emitido. Assim, a quantidade de luz indica o número de moléculas de ATP consumidas.

A luz desses insetos pode ser usada como defesa, para atrair outros animais (caça) e principalmente está ligada a sua reprodução que ocorre no verão quando eles a utilizam para comunicação com seus parceiros.

Esses insetos podem estar ameaçados de extinção pois com o aumento das zonas urbanas e a consequente iluminação, que supera em muito a sua bioliminescência, acaba interferindo diretamente na sua reprodução.

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