quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Fernando Pessoa

A literatura sempre nos traz prazer seja pelo imaginário que nos faz crer ou pelo jeito que é escrita, as vezes com ritmo e outras não, gera emoção e pensamento, quão profunda podem ser.

Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal o escritor Fernando Pessoa (1888 - 1935) poeta e escritor português, nascido em Lisboa soube como poucos encantar seus leitores e registrar momentos que ficarão para sempre na história da literatura.

Durante sua vida, Fernando Pessoa trabalhou em vários lugares como correspondente de língua inglesa e francesa, as quais se dedicou desde os 6 anos de idade. Foi empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, e ao mesmo tempo produzia suas obras em verso e prosa.

Fernando Pessoa usou em suas obras diversas autorias. Seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os seus heterônimos tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas. São eles: Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro.

Entre suas principais obras estão: Do Livro do Desassossego, Ficções do interlúdio: para além do outro oceano, Na Floresta do Alheamento, O Banqueiro Anarquista, O Marinheiro e Por ele mesmo.

Faleceu em Lisboa, com 47 anos anos de idade, vítima de uma cólica hepática causada por um cálculo biliar associado a cirrose hepática, diagnóstico hoje contestado por diversos médicos.

Navegar é Preciso

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

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