quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O Microondas

As microondas apresentam uma freqüência de 10 8 Hertz a 10 11 Hertz. São usadas amplamente nas telecomunicações, transportando sinais de TV via satélite ou transmissão telefônica.

O aparelho de microondas, usado nas cozinhas, tem esse nome devido ao seu funcionamento, pois são baseados nessa freqüência do espectro eletromagnético.

O forno de microondas é utilizado para cozinhar e aquecer os alimentos. Isso ocorre porque suas microondas são absorvidas pelas moléculas da água existentes nas substâncias.

Essa absorção provoca aumento de agitação nas moléculas, causando, então, elevação da temperatura e consequentemente seu cozimento.

Os recipientes de vidro, cerâmica e outros materiais, onde os alimentos estão contidos não absorvem essas microondas, mas, dependendo do material, podem aquecer, refletir ou ainda gerar combustão.

Devemos estar atentos ao lidar com o aparelho, principalmente as crianças, que devem evitar operar o forno, ou fazê-lo com a presença de um adulto.

sábado, 27 de novembro de 2010

Pára-raios

Os pára-raios foram inventados por Benjamim Franklin no século XVIII através da aplicação do chamado poder das pontas.

A incidência de raios pode gerar efeitos catastróficos, por isso o uso do pára-raios é essencial para a proteção da vida e da propriedade.

Esse dispositivo é constituído de uma ou várias pontas metálicas, que são colocados no ponto mais elevado do local a ser protegido, quando então é ligado a um fio condutor (metálico grosso) que é ligado, geralmente, a uma placa enterrada no solo.

Quando uma nuvem eletrizada passa sobre o local onde está o pára-raios, o campo elétrico entre a nuvem e a Terra torna-se intenso nas proximidades de suas pontas. O ar em volta se ioniza tornando-se condutor e fazendo a descarga elétrica ocorrer.

A carga elétrica recebida pelo pára-raios nesse processo é transferida para Terra sem causar danos, protegendo uma distância de aproximadamente o dobro de sua altura.

O Brasil é considerado o campeão na incidência de raios e estima-se que nos próximos 25 anos ocorra um crescimento de 30%, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

COLESTEROL

Existem vários tipos de lipídios, além dos óleos e gorduras. Entre eles está o grupo dos esteróides. O colesterol é uma substância que participa da constituição de esteróides diversos.

No corpo humano, o colesterol é importante na formação de hormônios sexuais, como a testosterona e a progesterona, além de participar da composição da membrana plasmática das células.

O Colesterol existente no nosso corpo pode ser adquirido a partir de alimentos como o ovo, leite e derivados, carnes em geral, caranguejos e camarões. Mas pode também ser fabricado pelo fígado. O fígado não só produz colesterol, como também pode degradá-lo, atuando assim como um órgão regulador da taxa dessa substância no sangue.

Para que o organismo não seja prejudicado, a taxa do colesterol no sangue precisa ser mantida dentro de certos limites. Níveis elevados contribuem para a formação de placas lipídicas que vão se depositando nas paredes das artérias. Com o tempo, esses vasos ficam estreitos e perdem a elasticidade. Esse processo produz a doença aterosclerose, quando o fluxo do sangue é comprometido prejudicando os órgãos irrigados por elas.

No coração, por exemplo, a insuficiência do fluxo sanguíneo pode provocar a morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), caracterizando o infarto do miocárdio.

Suspeita-se de que a ocorrência da aterosclerose seja favorecida ainda pela predisposição hereditária, fatores como fumo, estresse, vida sedentária e consumo freqüente de alimentos com altos índices de colesterol.

A prática de atividade física tem sido ainda indicada por especialistas como uma das formas de evitar o acúmulo de colesterol no sangue, associada a uma alimentação balanceada.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As pessoas conseguem ficar alguns segundos sem respirar e também respirar mais rápido ou mais devagar.

Nessas situações a respiração é controlada voluntariamente, isto é, conforme nossa vontade e a atividade do diafragma e dos músculos intercostais são reguladas por uma região do cérebro, entretanto, quando uma pessoa não está “pensando” na respiração ou quando está dormindo, por exemplo, essa atividade é regulada por um órgão do sistema nervoso chamado bulbo, situado um pouco abaixo do cérebro. Esse controle é involuntário, ou seja, independe de nossa vontade.

O bulbo (2) apresenta um grupo de neurônios que controla o ato respiratório, por isso é impossível, por mais que queiramos ficar voluntariamente sem respirar.

Amar:

Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.

Mário Quintana

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE ENSINAR !

Escutamos constantemente conversas sobre educação em vários níveis sociais, pois pelo que nos parece, todo mundo assim como no futebol tem uma receita ou algo a dizer, a melhorar e a acrescentar.

As manchetes do dia 12-11-10 registram mais um caso de violência contra professores nesse Brasil das igualdades sociais, desta vez, foi em Porto Alegre, uma professora teve seus braços e dentes quebrados em decorrência da agressão de um aluno descontente.

A autoridade do professor se não legal, pois o professor já não manda mais nada em sala de aula, pelo menos moral deveria imperar nesse tipo de relação professor - aluno.

O que conseguiu a professora no seu ato educativo foi apenas, como muitos outros, ficar indefesa a ação da agressividade do aluno, pois não foi instruida a lidar com técnicas de defesa pessoal ou evasão em caso de combate.

Nossa sociedade deixa de perceber a gravidade do problema de indisciplina em sala de aula, intolerância, falta de educação e até mesmo o animalismo primitivo que toma conta de nossas crianças e jovens durante a prática educativa.

Não entramos no mérito dessa violência ter sido gerada pela falta de orientação familiar, pela sua própria desestruturação, pela falta de valores sociais e humanos que vivenciamos hoje em dia, valores consistentes que deixaram de ser praticados e cobrados pelos responsáveis em amançar o ser humano predador antes de enviá-lo para o convívio e a interação social, onde regras são exigidas e deveriam ser respeitadas.

O caso é que está cada vez mais difícil trabalhar em sala de aula com pessoas que não dão a mínima para o que estão ouvindo e sequer se preocupam com o processo educativo ou o melhoramento individual.

A violência está crescendo nos bancos escolares e as políticas públicas não estão sendo sufientemente eficientes para tratar desse assunto de forma contundente e prática, ouve-se uma notícia aqui, outra alí, um comentário tornando o assunto insignificante, mas o fato é que precisamos estar conscientes do que nos espera no futuro.

Algumas crianças e adolescentes não querem nada com o saber, na sua maioria só cumprem expediente que lhes assegura espaço para estravasar suas energias e inquietudes, fazem na escola o que não podem fazer em casa e tratam todo mundo como peças de um tabuleiro em que jogam do jeito que lhes convém.

As crianças e jovens estão cada vez mais autônomos, fazem o que querem, do jeito que querem, a hora que querem, não respeitam autoridade, leis e seus próprios pais, então na escola seria diferente! Creio que não. Podem não concordar aqueles que só levam ou buscam seus filhos, aqueles que estão atrás de uma mesa planejando ações e legislações sobre como devemos ensinar e "encantar" o nosso aluno, não teríamos nós já esgotadas as alternativas para simplesmente poder praticar o que gostamos - lecionar!

A falta de hábitos e atitudes contribuem para que o ato educativo não deslanche, a indisciplina se torna cada vez mais evidente e atinja índices cada vez mais expressivos, pois a agressão, não só entre eles, mas contra os educadores é uma constante.

Não sou pessimista, pois acredito que a maioria está alí para aprender, mas suas dificuldades se tornam imensamente maiores frente a falta de conscientização daqueles que estragam a sala de aula e não permitem que o processo se instale, aqueles mesmos a quem a justiça obriga a ficar na escola em detrimento do direito dos que querem aprender.

A frase diz que "Lugar de criança é na escola", concordo em parte, pois deveria dizer " Lugar de criança que quer aprender é na escola" soaria mais justa e eficiente para um país que quer progredir e se tornar referência. Mas o que fazer com os outros? Por enquanto vire-se o professor!

Após várias reuniões sobre educação e ao mesmo tempo trabalhando no front, cara a cara com os alunos, comecei a questionar o porque da nossa educação ir mal e dos motivos reais para que ela não se concretize no país.

As famílias não estão conseguindo cumprir seu papel e passar as crianças e jovens a importância do processo educativo e do quanto é necessário para seu crescimento e desenvolvimento pessoal.
O que fazer quando chega um pai na escola e diz que não pode com a vida do filho, que não sabe o que fazer e que já está desanimado, quase deixando pra lá!

À escola, então, são atribuidas tarefas que estrapolam suas características fazendo-a o último recurso para correção e socialização dos indivíduos por ser uma referência na vida de qualquer pessoa. Pois é nela que desenvolvemos nossas potencialidades, que aprendemos a viver em sociedade, a dividir, a interagir, nossas amizades concretas surgem na escola, nossas referências muitas vezes estão alí, os modelos que devemos seguir e até mesmo aqueles que não queremos para nós.

A escola precisa transmitir conhecimentos, proporcionar um ambiente ludico para que o aluno, munido de força de vontade e persistência procure melhorar seu vocabulário, sua matemática, seus conhecimentos gerais e também pratique exercícios físicos.

O quanto será preciso para que a educação seja tratada de forma séria por todos que se dizem preocupados, começando pela família, ou na falta dessa, já que se encontra cada vez menos estruturada, pelo Estado como responsável pela manutenção de cidadãos críticos e operantes para o nosso país.

Vemos os professores se queixarem, tirando atestados médicos, em depressão e insatisfeitos com sua profissão, então fazer o que? Simplesmente deixar de lecionar, isso poderia resolver alguns problemas mas não é a solução. Precisamos assegurar aos nossos educadores, como qualquer categoria de trabalhadores condições de trabalho, equipamentos para que mentenham sua integridade física e psicológica, sob pena de ficarmos sem eles, que não são insubstituíveis mas que sem dúvida são os mediadores principais entre a barbárie e o civismo.

Qual é o nosso papel nesse processo? que tipo de cidadão queremos formar? Quanto perdemos em qualidade ao ter que manter em sala pessoas que não querem estar alí e que não permitem que os demais possam aprender?

Sabemos que existem legislações, por exemplo, aquela que proibe o uso de celular na escola, contudo quem é que faz esse controle, tem que ser o professor na sala de aula que irá se indispor com os alunos para que ele simplesmente obedeça as regras?

O que esperar de uma sociedade que não educa seus próprios filhos tornando-se permissiva na falta de interesse e do péssimo aproveitamento escolar, contribuindo dessa forma para que se percam valores e a própria cidadania!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eleição 2010 - Teu futuro começa na urna!

Daqui alguns dias vamos ter a oportunidade de escolher o novo Presidente do Brasil, um momento importantíssimo para todos os brasileiros, para o crecimento, para credibilidade e o respeito a um País que quer ser reconhecido como uma das maiores nações do mundo.

Eu acredito que para que tenhamos o crescimento necessário, as reformas necessárias e a manutenção da democracia, devemos mudar, aquela estória de que "time que está ganhando não se mexe", não é muito coerente, pois muitas vezes, favorece o descaso, o abuso, a mesmice, a acomodação e a falta de criatividade.
Além disso, temos que ter a consciência de que não governamos um país com emoção ou paixões, precisamos sim de pessoas que tenham posições firmes, capacidade administrativa, experiência também conta, mas não creio ser o essencial senão muitos experientes teriam resolvido os problemas do Brasil, ela é muito importante, mas o que precisamos sim é de compromisso, responsabilidade, transparência, coerência e um bom plano de metas.
Por tudo isso, nessa eleição, estarei apoiando JOSÉ SERRA, por toda sua experiência, mas principalmente por sua atitude, sua vontade de realizar, seu potencial e porque o Brasil precisa da democracia.
JOSÉ SERRA - 45 !

domingo, 10 de outubro de 2010

ENSINAR A PESCAR E NÃO SÓ DAR O PEIXE!

Recebi uma mensagem por e-mail que julgo importante compartilhar:


Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. 'O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe.

Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas. "Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A".

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam"B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas.

Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.

Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.

A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações,
inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.

No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.

Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado."Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.

Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.

O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.

Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."

Experimento ocorrido em 1931
Adrian Rogers

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Vinicius - o Embaixador

O Brasil é um país continental, cheio de diversidades culturais e figuras que se destacam como referência nacional e internacional. Tomo a liberdade de falar sobre um deles, por saber que será homenageado nessa segunda-feira (16) com o título de Embaixador.

Seu trabalho ultrapassou fronteiras, sua vida é o reflexo de “para viver um grande amor” de sua autoria ou “que seja eterno enquanto dure”, por ser uma pessoa apaixonada e livre, alguém que contribuiu grandemente para a cultura do Brasil.

Refiro-me é claro ao “poetinha” Vinicius de Moraes, uma dessa figuras que dão sentido a vida do homem e que marcam sua presença de forma positiva e eficiente, a quem consideramos um dos maiores poetas brasileiros.

O sentimentalismo sempre foi seu ponto forte, suas obras estão repletas de paixões, canções e ritmos. Conquistou inúmeros admiradores e amigos, fez parcerias geniais com Tom Jobim, Toquinho, Baden Powel, Chico Buarque entre outros expoentes da música brasileira.

Vinicius de Moraes nasceu em 1913, no Rio de Janeiro. Sua primeira composição foi, em 1927, com os irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz, com quem formou um pequeno conjunto musical que atuava em festinhas, em casas de conhecidos. Destacando-se com o sucesso de "Loura ou morena" e "Canção da noite".

Formou-se em Direito em 1933 ao mesmo tempo em que concluiu o Curso Oficial da Reserva.

Estimulado por Otávio de Faria, publicou seu primeiro livro, O caminho para a distância e mais tarde em 1935, seu livro de poesias Forma e exegese ganharia o prêmio Felipe d'Oliveira.

No ano de 1936 substitui Prudente de Moraes Neto no Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Nesse período publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher" e conhece Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, seus futuros amigos.

Recebe em 1938, uma bolsa de estudos e vai para Universidade de Oxford. Em Londres trabalha como assistente do programa brasileiro da BBC. Conhece o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se tornaria um dos maiores amigos. Retorna ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra.

São lançados, Cinco Elegias, em 1943, e Poemas, Sonetos e Baladas, escrito em 1946, que já começam a mostrar o poeta sensual e lírico, mas, como ele próprio disse um "poeta do cotidiano”.

Casa-se com Beatriz Azevedo de Mello com quem tem sua primeira filha Suzana, segundo seus biógrafos Vinicius teve oficialmente nove mulheres e quando questionado, certa vez, sobre quantas vezes iria se casar respondeu “quantas forem necessárias”.

Ingressa, por concurso, na carreira diplomática, iniciando sua carreira em 1946 ao assumir como vice-consul do Brasil em Los Angeles, Califórnia (USA). Inicia seus estudos de cinema com Orson Welles e Gregg Toland.

Em 1953, compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tu passas por mim". Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreve Orfeu da Conceição, obra que em filme recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Sai nesse ano sua primeira edição de Antologia Poética. Em 1957, no Brasil, publica o Livro de Sonetos.

É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No final do ano é transferido para Montevidéu.

Em 1958, sai o LP "Canção do amor demais", de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. Nesse disco ouve-se o ritmo do que viria a ser chamado de bossa nova, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de saudade", considerado o marco inicial do movimento.

O ano de 1959 marca o lançamento do LP "Por toda a minha vida", de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno.

No ano seguinte, retorna à Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Começa a compor com Carlos Lyra e Pixinguinha. Dá início à composição de uma série de afro-sambas, em parceria com Baden Powell, entre os quais "Berimbau" e "Canto de Ossanha". Com Carlos Lyra, compõe as canções de sua comédia musicada Pobre menina rica.

Em agosto de 1962, faz seu primeiro show, obtendo grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", iniciando a fase dos "pocket-shows", onde foram lançados grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e "Samba da benção". É lançado o livro Para viver um grande amor. Grava como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.

Em 1963, inicia uma parceria que produziria grandes sucessos com Edu Lobo. Retorna a Paris, assumindo posto na Delegação do Brasil junto à UNESCO. No início da revolução de 1964, retorna ao Brasil e colabora com crônicas semanais para a revista "Fatos e Fotos", ao mesmo tempo em que assinava crônicas sobre música popular para o "Diário Carioca". Começa a compor com Francis Hime e Dorival Caymmi. Lança em show o Quarteto em Cy.

Em 1967, sai à sexta edição de sua Antologia Poética e a segunda de Livro de Sonetos (aumentada). É colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto. Sendo em 1969, exonerado do Itamaraty.

Em 1972, na Itália, numa espécie de auto-exílio, lança com Toquinho o LP "Per vivere un grande amore".

Participa de um grande show no "Canecão", no Rio, com Tom Jobim, Toquinho e Miúcha.
No dia 09 de julho de 1980 morre de edema pulmonar, em sua casa na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher.

Resgatar, através dessa homenagem a importância do Vinícius de Moraes, promoção a ministro de primeira classe – Embaixador, pelo Itamaraty é claramente certificar que seu trabalho alargou fronteiras e tornou o Brasil mais conhecido no mundo, ratificando sua condição de um brasileiro a serviço de seu país.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O físico Stephen Hawking defende que a humanidade está acabando rapidamente com os recursos naturais da Terra e que o nosso código genético ainda "carrega instintos egoístas e agressivos". "Nossa única chance de sobrevivência em longo prazo seria espalhar a humanidade no espaço".

Cientistas estimam que levaria pelo menos 50.000 anos para chegar na estrela mais próxima, com a tecnologia de propulsão atual. Para chegar lá com vida, os humanos teriam que desenvolver uma tecnologia que colocasse as espaçonaves a uma velocidade próxima da luz além de se proteger da radiação cósmica durante a viagem.

O imaginário popular nos leva a olhar para o céu à noite e pensar - Estamos sozinhos? Eu particularmente acredito que não. Embora essa afirmação se perca nos devaneios das pessoas e mesmo nos meus pois sabemos que as possibilidades, pelo menos no nosso sistema solar, são difíceis.

Seja pelas condições físicas dos outros planetas do nosso sistema solar, seja pela tecnologia que dispomos hoje, embora avançada, ainda carece de uma série de inovações e crescimento para que possamos procurar pensar em habitar outros planetas.

A identificação de um corpo celeste que desse condições de sobrevivência ao ser humano, seja pelas questões atmosféricas, a existência de água ou condições semelhantes a que estamos acostumados se perde na distância que precisaríamos percorrer para chegar lá inteiros.

Nossa ciência, apesar de progressista, precisa de descobertas que considerem o deslocamento rápido e eficiente, o gasto de combustível e o armazenamento de alimentos, problemas que precisam ser pensados, sem contar é claro com o tempo que se gastariamos para chegar logo ali no nosso quintal espacial já que conhecemos pouco do universo.

Com relação à afirmação do grande cientista Stephen Hawking concordo que o homem está cada vez menos humano, que talvez nos perdemos ou desapareceremos pela ação do dedo de um governante menos racional e que a parte da solução seria explorar o espaço em busca de novas fronteiras.

Os mísseis e as armas nucleares que estão por aí em vários países que hoje se dizem amantes da paz, da racionalidade, mas que amanhã podem ter outra interpretação ou outros interesses podem interferir diretamente em nossas vidas.

Usar a tecnologia do átomo para fins pacíficos, como faz o Brasil, é muito bom, contudo precisamos saber que nem todos pensam dessa forma e que alguns não exitariam em usar suas armas para acabar com os seus oponentes.

Espalhar a raça humana pelo universo talvez só iria multiplicar esse pensamento de dominação, de segregação, de individualidade que muitos têm, precisamos de algo que mude de vez os paradigmas da civilização, pois a história tem mostrado o quanto podemos ser cruéis e desumanos.

O homem é um animal e como tal procura dominar seus semelhantes e os demais habitantes do planeta, o que fazer com um ser que acredita que para sobreviver precisa lutar e sobrepujar até mesmo seu semelhante? Devemos procurar na configuração genética uma solução para isso! Ou seria preciso um grande cataclisma que mudasse a percepção do homem com relação a sua existência e ao mundo que o cerca.

Creio que a educação, a conscientização ou a publicidade no sentido de melhorar a raça humana é um paliativo que não dará muito resultado, pelo menos a curto prazo, pois como foi dito a humanidade carrega "instintos egoístas e agressivos", em seus genes, como podemos então esperar que num reflexo de racionalidade possamos dizer não a violência, não a desumanidade que toma conta de quase toda a raça humana.

Acreditar que podemos mudar e que talvez o homem ainda tenha solução como ser humano, apesar de tudo, é essencial para que possamos continuar lutando por dias melhores, pelo progresso da humanidade e pela própria sobrevivência do ser humano.

Para viver um grande amor

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Vinícius de Moraes

domingo, 8 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS!

Uma noite eu tive um sonho:

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor, e através do céu, passavam cenas da minha vida. Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados dois pares de pegadas na areia; Um era meu e o outro era do Senhor. Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da vida, havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isto aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver. Isso aborreceu-me.

Então perguntei ao Senhor:

- Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvesse Te seguir, Tu andarias sempre comigo, em todo o meu caminho, mas notei que durante as maiores tribulações do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque nas horas em que mais necessitava de Ti, Tu me deixastes...

O Senhor respondeu:

- Meu precioso filho, eu te amo, e jamais te deixaria nas horas de tua prova e de teu sofrimento. Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, foi exatamente aí, que eu te carreguei nos Braços.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

RAIOS, RELÂMPAGOS E TROVÔES.

Os raios são descargas elétricas que aquecem o ar da mesma forma que uma corrente elétrica aquece um fio condutor.

O rápido movimento do ar aquecido resulta numa onda sonora denominada trovão.

As descargas elétricas que se propagam ziguezagueando até as proximidades do solo são chamadas de relâmpago.

O raio começa a se formar na base da nuvem, onde se concentram elétrons (cargas elétricas) associados ao congelamento das gotículas de água que formam a nuvem, a uma altitude de aproximadamente 5 km e a temperatura de –10 ºC.

Os elétrons são então acelerados por intensos campos elétricos do interior da nuvem e colidem com as moléculas de ar, arrancando-lhes elétrons e ionizando parcialmente a atmosfera formando um canal condutor pelo qual a eletricidade acumulada na nuvem é descarregada.

A grande diferença de potencial entre a nuvem e o solo, atinge centenas de milhões de volts, fazendo saltar faíscas dos objetos mais altos do solo. Ao se encontrarem, as descargas elétricas que descem e as faíscas, fecha-se um circuito oportunizando a passagem da corrente elétrica, que ocorre algumas vezes antes que a descarga principal, chamada faísca de retorno ocorre a uma fração microssegundos.

Com o canal aberto na atmosfera ionizada ele é utilizado para várias descargas que são coletadas de extensas regiões da nuvem, aquecendo o ar ao longo do canal a uma temperatura que chega a 30.000 ºC, tornando a pressão de 10 a 100 vezes maior que a pressão atmosférica na vizinhança.

A energia contida na onda de choque se dissipa por compressão do ar fazendo com que parte dela, cerca de 1%, se converta em som.

Todo esse processo dura menos que 1 segundo e a emissão de som é instantânea.

A duração prolongada de um trovão deve-se ao grande comprimento do canal de descarga (mais de 5 KM) e a velocidade limitada de propagação do som no ar que é de 340 m/s.

Ahmadinejad, Lula e o polvo

Vivemos em um mundo cada vez mais globalizado, onde personagens entram e saem de cena constantemente, a bola da vez de agora pode não ser a mesma de amanhã ou a de ontem e assim as coisas mudam numa velocidade espantosa.
Decisões são tomadas a revelia, fatos são produzidos e nem sempre resultam no bem comum, multidões esperam soluções para seus problemas: a fome, as doenças, a segurança, a geração de emprego, o corte dos gastos públicos, a seriedade na política ! O que esperar disso tudo?
Somos um país continental, rico e democrático, mas  o que esperar de concreto para o desenvolvimento sustentável, da valorização da vida, da defesa de nossas fronteiras, da qualificação social e da transformação de nossa nação em um país sério, onde não nos mandem desacelerar ou simplesmente levem um macaco pra casa!
O macaco é nosso Stalone! E a dignidade também. Somos mal interpretados pela nossa ingenuidade calorosa, nosso desprendimento e nossa maneira alegre de ser, precisamos talvez mudar, ser menos complacente.
A exposição nos faz refém do resto do mundo!
Vejam o caso do polvo Paul, conhecido mundialmente por suas previsões na Copa do Mundo, ocorrida na África, o pobre molusco comprou briga feia com lideranças mundiais poderosas, o que nos leva a crer que estar na mídia ou manifestar nossa humilde opinião quando não muito afinada com os interesses de certas facções ou pessoas poderosas podem dar uma baita dor de cabeça, ou até mesmo coisa pior.
É noticiado pela imprensa internacional que o presidente do Irã, o polêmico Mahmoud Ahmadinejad, estaria investindo pesado contra o polvo alemão dizendo que ele é um “símbolo de tudo o que há de errado no mundo ocidental” justificando uma provável “decadência dos inimigos do Irã”.
Em recente declaração, também acusa os responsáveis pelo polvo, sugerindo talvez um complot internacional para “espalhar propaganda ocidental e superstição” alegando, ainda, que os que acreditam nessas previsões não poderiam serem líderes de nações que buscam a perfeição  humana, como é o caso, é claro de seu país, o IRÃ.
Essas considerações nos levam, no mínimo, a uma reflexão. O que estaríamos de fato aprovando ao dar crédito a este molusco que entende de futebol, mas que talvez não entenda nada de política! Seria ele um simples metido devido aos seus longos e inúmeros tentáculos? Estaríamos mesmo sob a influência estrangeira em solo nacional, num período tão importante como o das eleições?
Quanto as acusações de fabricar armas nucleares, sabe-se lá para que, dos ditos holocaustos  e ataques a outras nações promovidos e aprovados pelo Presidente vamos deixar para outro dia!
Do ponto de vista científico: Tanto a lula como o polvo são moluscos; A lula têm um corpo alongado, em forma de tubo, O polvo tem o corpo mais arredondado; além dos oito braços, as lulas ainda têm um par de tentáculos e nadadeiras ao longo do corpo - os polvos, não. Os polvos vivem se arrastando no fundo do mar, enquanto as lulas nadam bem perto da superfície, onde ficam os animais e vegetais que lhes servem de alimento. Os polvos podem medir desde 5 centímetros a quase 6 metros, As lulas variam de 1,5 centímetro a mais de 10 metros; Em média ambos medem cerca de 70 centímetros.
Um dos problemas para esses pobres animais, e pode representar um grande perígo para o Paul, caso ocorra uma retaliação, já que em pouco tempo coleciona inúmeros desafetos, seria a de que muitos chefs o consideram uma deliciosa iguaria.
Precisamos estar ententos a segurança dessa celebridade para que não desapareça ou simplesmente junto os "pezinhos". Da mesma forma que precisamos entender que mudanças são necessárias e que vivemos num mundo real, onde as estórias deveriam servir apenas para os momentos de lazer.
Nessa eleição vamos deixar de sentimentalismo e buscar de fato um futuro melhor!

domingo, 25 de julho de 2010

Ainda somos Humanos?


Um pai, certo dia, jogou sua filha pela janela de um edifício, pessoas são assassinadas simplesmente por serem diferentes, um motorista indignado atira e mata outro na estrada simplesmente porque ele cortou sua frente, uma mulher jovem é desossada e dada aos cães como alimento, estas são apenas algumas coisas que o dito "ser humano" faz no seu cotidiano e com o seu semelhante.
Será difícil conseguir humanizar o ser humano, resgatar a importância da vida, das relações, da compreensão ou simplesmente o bom senso e a civilidade?
Estamos nos tornando piores que os animais, que matam sim, mas para se alimentar, que matam sim, mas sem os requintes a que chegam os tais "racionais", sem os critérios funestros e incompreensíveis a que chegam os indivíduos ao tratar com sua própria espécie.
Estamos vivendo momentos de profundo embrutecimento da raça humana, da banalização da vida e do próprio ser humano, de atos covardes e absurdos pelo simples prazer de um momento, da falta de humanidade, da insensatez e da estupidez.
O homem, quero crer, ainda tem chance de redenção e humanidade, caso contrário, estaríamos todos num mundo perdido, onde os valores, a ética, a compaixão seriam valores de um passado longínquo ou que o valor do mais forte impera acima de tudo.
Sou otimista, desde o momento que abro os olhos pela manhã e vejo que estou vivo, posso então buscar a oportunidade de melhorar como pessoa, quem sabe até poder ajudar  alguém a ter um dia melhor, a fazer a minha parte com indivíduo ativo e digno.
Precisamos todos nos embrutecer para sobreviver nesse mundo competitivo e desigual? Espero que não ou  que isso só nos torne mais reflexíveis da necessidade de mudança, da importância de cada um e do quanto devemos buscar fazer o bem  ao invés do mais fácil que é fazer nada ou até mesmo o mal.
Digo isso porque é "facil" ficar alheiro a criança chorando, ao velho jogado na calçada, a morte de um desconhecido, as coisas que acontecem aos outros e não a nós mesmos, é "fácil" dizer não aos que nos procuram em busca de ajuda, de esperança, pois dizer sim requer atenção, compromisso e nem sempre, ou na maioria da vezes, estamos dispostos a nos envolver, é mais fácil ficar a margem.
Aqueles que tem filhotes sabem que o amanhã é incerto e que tudo é finito, que o futuro nem sempre é como esperamos e que a eles queremos o melhor.  Nossos filhos merecem uma oportunidade de serem felizes e poder viver plenamente um futuro melhor, aquele que devemos semear e defender hoje.
Temos que defender os valores, o respeito a vida e ao ser humano, buscar a cada dia um pouco da humanidade perdida e lutar por um amanhecer de esperanças e oportunidades para todos. Precisamos refletir, pois ainda há tempo, o quanto somos abençoados por tudo o que temos e do quanto podemos fazer para melhorar o mundo a nossa volta.

Então! O QUE VOCÊ FEZ HOJE!

sábado, 10 de julho de 2010

Aula cronometrada! Educação na medida?

Sábado a tarde, escurecendo, após uma tarde razoável de atividades peguei uma das revistas mais lidas do país, não é playboy, e deparei-me com um artigo sobre educação o que me obrigou, como professor, a teclar nesse modesto blog algumas considerações a respeito da tal aula cronometrada!
Alguns Estados da Federação estão aplicando o método que consiste em levar profissionais, devidamente treinados e equipados para a sala de aula a fim de observarem quanto tempo os profissionais da educação, leia-se professores, estão desperdiçando com coisa banais, indisciplina entre outros assuntos irrelevantes, ou seja, o quanto estão deixando a desejar num país que se diz responsável e interessado pela educação!
Esse método já aplicado em países de "bom ensino" está agora chegando as nossas salas para que possamos ter um panorama do porque nossos alunos brazucas não "conseguém" progredir na leitura, nos cálculos, no raciocínio lógico entre outras maselas da vida escolar.
O artigo em questão, a meu ver, está muito bem escrito e é pertinente, contudo esquece de mencionar alguns aspectos interessantes, que somente os profissionais que estão lá no front poderiam listar, pois de uma mesa a quilômetros de distância ou mesmo a longíquos cargos de secretaria e eficientes diretorias  e teóricos, também se distancia.
A educação brasileira vai mal, assim como as demais no mundo, é claro não tão mal como a nossa pois o Brasil insiste em querer ser líder e continuará sendo em vários setores da vida de seus cidadãos, como: educação, segurança, saúde, etc. Pena que negativamente!
Por que, afinal as aulas não funcionam?
Seria pelas aulas monótonas, baseadas na velha lousa! O tempo gasto com a indisciplina! a falta de atenção!
E as boas práticas? Que diz o artigo, a que os professores devem se mirar!
Dizem que no exterior, os gringos, leia-se EUA, chegam a filmar as aulas para submeter o material aos professores confrontando-os com suas falhas e insucessos. Bravo!
Dizem, também, que por aqui "os professores perdem tempo demais com assuntos irrelevantes e se revelam incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital".
Dizem, mais, que os cronômetros "são um necessário passo para o Brasil deixar a zona do mau ensino".
Pois bem!
Como educador acho isso um absurdo, uma "invasão de privacidade", já que hoje é comum ouvir isso! e além do mais se esquecem de mencionar outras variáveis que contribuem ou não para o sucesso da educação em países que querem realmente fazer educação.
No estrangeiro, pelo que sei, pois não existe programa de incentivo para que os professores brasileiros possam visitar outras escolas "do bom ensino" e se existe é limitado a poucos cérebros pensantes e técnicos para tirar lições concretas dos métodos revolucionários existentes nesse mundão de Deus.
Os professores lá, é sabido, fazem mais que os daqui. Eles tem tempo para programar suas aulas, leia-se "tempo real", não algumas minguadas horas, pois o processo de elaboração de provas, correção, pesquisa, preenchimento de cadernos, entre outras variáveis, acreditem, leva tempo, muito tempo!
Outro fator importante e porque não dizer o principal é que os estudantes lá fora querem aprender para serem os melhores, pois sabem que com o be-a-bá não conseguem nada. Situação muito diferente dos nossos que se conformam com uma média medíocre e chorada, o cinco (05) necessário para passar em muitas escolas públicas, aquelas pesquisadas pelos especialistas.
Além disso ninguém lembra que aos professores lhes é atribuido funções extras durante o ato educativo como: atendentes de créche, enfermeiros, psicológos, atendentes de alunos especiais - de toda natureza,  psiquiatras, paí, mãe entre outras atribuições.
Vamos lembrar ainda, que a maioria dos professores brasileiros para terem uma vida razoável com alimentação, condução, farmácia, faculdade para os filhos, precisam  trabalhar manhã, tarde e noite, que as salas tem que estar cheias e o salário não pode ser muito "alto" para que o Estado possa economizar e ter dinheiro para aplicar em obras ou em propaganda institucional.
Para terminar, cabe lembrar que em muitas escolas brasileiras sequer existe lousa, classes, salas-de-aula, onde o jurássico mimeógrafo funciona a todo vapor para que o professor aplique suas provas, claro, se houver álcool, pois quase nunca tem para alimentar esse monstro beberrão e possa se divertir nos finais de semana e feriados.
Enfim, falar em educação é empolgante, todo mundo quer dar palpite e é claro vai virar tema do momento pois tem eleição aí gente! Além disso depende de tempo, vontade, dinheiro bem aplicado, interesse dos alunos em aprender e um pouco de responsabilidade de todos além do velho blá-blá-blá.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"BRAZIL", MAIS UMA ELEIÇÃO !

Estamos chegando a mais uma eleição, sabe-se que nesse período os políticos, aqueles caras que tu só vê nas campanhas, pois a grande maioria desaparece durante o resto do ano, começam suas peregrinações a procura de voto.
Não que eu queira culpar todos os políticos do mundo, porque certamente existem aqueles com espírito coletivo, que tentam trabalhar sério, procuram estar próximos a suas bases e principalmente tem projetos para apresentar a população.
Avaliar corretamente o quanto nosso voto é valioso, seja para mudar o que está errado ou assegurar a manutenção dos malandros, safados e oportunistas de plantão é meio complicado.
As vezes penso que fica estranho falar sobre esse assunto já que sou partidário (PP) e que também sou político, por ter participado de duas eleições: Uma como candidato a Deputado Federal (2006) e outra como candidato a Vereador (2008).
Não obtive exito, é claro! Sou apenas um professor com algumas idéias na cabeça, alguns rascunhos de projetos que iriam beneficar criançinhas, a educação e velhinhos e não os interesses individuais ou de certos grupos.
Vê-se muito aqueles belos sorrisos, o tapinha nas costas e tudo mais, alias eu sorrio pouco, é o meu jeito, estou tentanto ficar um pouco menos antepático, pois tenho percebido que todos adoram uma bajulação e um sorriso de crocodilo.
Esse ano vamos eleger Senadores, governadores e presidente da república, todos com o legítimo direito de concorrer, mas nem todos com as boas intenções e até mesmo com certas limitações em fazer o melhor. Vamos pensar um pouquinho e analisar bem esses indivíduos, sermos práticos e pensarmos um pouco no futuro, não o de amanhã, mas de quatro longos anos.
Não sou contra termos reservas, protegermos nossos ex-presidentes e seus familiares, termos um força aérea UM, são questões pertinentes, mas temos que avançar também na educação, na saúde e na segurança, onde segundo consta foram aplicados valores muito pequenos em relação ao potencial e a demanda dessas áreas.
Disseram que um certo Ministério da Justiça, teve suas despesas com cartão corporativo, aquele que nossos políticos precisam para custear seus gastos com representatividade, afinal estão lá só para defender nossos interesses e representar bem o povo brasileiro, de R$ 6,9 milhões para R$ 13,9 milhões. Uma diferença que daria, segundo outras informações, para comprar umas dez casas iguais a que nossa governadora adquiriu (PSDB-RS).
Onde estão os projetos sociais não paternalistas, a geração de emprego e renda, melhores salários, respeito ao cidadão e a dignidade de uma nação que se diz defender os direitos humanos, ser contra a ditadura, entre outros brados que não se ouvem mais, pois as vozes estão por aí ! Foram anos batendo na mesma tecla até que conseguíssemos redemocratizar o país, e agora!
Temos uma eleição pela frente caros gaúchos e brasileiros, precisamos acreditar que podemos fazer a diferença e que as coisas erradas existem e precisam ser mudadas, não é tudo só maravilha como fazem aparecer!
Antes do voto vamos tomar consciência, de uma vez por todas, que devemos renovar para não viciar os governantes, que devemos analisar seu histórico atentamente, não cair na conversa amiguinho ou no canto da sereia e principalmente analisar PROPOSTAS, pois sem elas é só a mesma balela de sempre, vira em pizza.

Precisamos de compromisso social, de atitude para mudar e principalmente, perdoem, vergonha na cara!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Educação e limites

A educação, tema de constante discussão e discursos políticos, tem se mostrado uma área complexa e cheia de desafios, principalmente no que tange a atuação dos alunos frente ao processo ensino-aprendizagem, seja pela falta de interesse ou simplesmente pela falta de limites que trazem de fora.
O ato educativo requer um certo ambiente que proporcione condições para que o processo se instale, imagine trabalhar um tema de matemática sem a devida atenção ou o envolvimento das partes, seria uma perda de tempo e energia que tornaria toda a proposta sem sentido e ineficiente.
Nossas salas de aulas estão cheias, principalmente na rede pública estadual, onde a sala é medida e feita a mensuração lógica do espaço necessário para cada aluno, esse cálculo é a base para quantas turmas de certo ano terá tal escola e quantos profissionais poderão ser utilizados alí, diminuindo assim o custo com pessoal.
Sabemos também que a infância e a adolescência é um momento de descobertas, de afirmação e de desafios, nesse interim estar consciente da importância da escola e seus métodos nem sempre são o foco dos alunos que só querem se descobrir, interagir e evoluir nesse ambiente inovador.
Acreditar que a prática educativa ainda é possível é a árdua tarefa do professor, sem a qual tudo ficaria ainda mais difícil, pois na sua maioria, a cada dia, percebe-se que o desinteresse é quase geral, que os bons hábitos estão ficando cada vez mais raros e que o respeito e cooperação estão cada vez mais distantes.
Impor regras, firmar acordos de convivência, traçar metas a serem atingidas e em contrapartida executar as transgressões, acabando com o "Não da nada", é a certeza de formar verdadeiros cidadãos, ou nomínimo pessoas com senso de limites, seja em um ambiente como a escola, quanto a vida.
Isso não só prepará nosso aluno para o mundo competitivo e exigente que os esperam, mas também ajudará a oportunizar o ambiente ludico e adequado necessário à prática educativa, assegurando aos profissionais da educação reais condições de trabalho e melhoramento da qualidade da educação.
Nosso aluno é questionador quanto aos seus direitos e aspirações, por vezes, faz deles sua principal defesa para não copiar a matéria, não estudar ou sequer prestar atenção as explicações, agravando ainda a situação quando além de tudo não permite que os demais aprendam, pois torna-se protagonista na dispersão dos potenciais existentes.
A meu ver, por estar na sala de aula da rede pública, tanto municipal quanto estadual, há sim um problema que nem sempre é discutido ou é alvo de discussões dos especialistas de plantão, que é a questão da falta de condições de trabalho dos professores para que possam auxiliar seus alunos a descobrirem seus talentos, suas inteligências e seu verdadeiro potencial.
Os mais liberais que me perdoem, os que defendem a educação como uma forma de integração a qualquer preço ou os que simplesmente não frequentam uma sala de aula de verdade há muito tempo, é preciso haver limites na escolas, que há muito deixaram de ser ambientes do saber para se tornarem outra coisa qualquer !
Nossos jovens precisam cooperar para que o processo seja apresentado, assimilado e executado com sucesso, caso contrário os índices da qualidade da educação, medidos periodicamente continuarão mostrando que nossa educação está ruim, que nossos alunos não sabem ler, interpretar, calcular e raciocinar ! Que educação é essa?
Afinal, o que estão fazendo esses professores?
Como qualquer categoria o educador precisa de condições mínimas para executar o seu trabalho!!!!

domingo, 30 de maio de 2010

Cativar - amizade é responsabilidade!

Vivemos num mundo competitivo, sabemos que precisamos estar atentos na busca de nossos ideais para  atingir os nossos sonhos e obter o sucesso, todavia, temos que ter cuidado para que, nesse processo, não atropelemos algumas etapas da boa convivência, nem tampouco deixemos a deriva as pessoas que nos cercam e que efetivamente contribuem para o nosso crescimento, tanto social quanto pessoal.
O ser humano é na sua essência um sujeito individualista, ele tem suas pretenções e objetivos, também apresentam  limitações que o impedem de prosseguir sozinho.
O homem é essencialmente um ser social e para tanto precisa da convivência e relações para que siga em frente.
Somos o resultado daquilo que aprendemos, das coisas boas que acumulamos, das coisas que fizemos, mas principalmente das relações que cultivamos: conquistar e manter as amizades é uma difícil arte.
Estamos conseguindo nos comunicar adequadamente! Estamos sabendo cumprir o nosso papel nessa intrincada relação com o outro? Não nos damos conta que por vezes pecamos!
Estabelecer boas relações e desfrutar da segurança de um bom grupo de amizades pode ser uma grande vantagem, pois o compromisso assumido pelas partes é um forte laço que gera consequências positivas, desde que isso ocorra nos dois sentidos, como em uma estrada  de duas mãos!
Lembremo-nos do quanto estamos fazendo para contribuir com aqueles a nossa volta, com o outro e com toda a sociedade.
Vamos refletir naquilo que fizemos, hoje,  para que as pessoas pudessem se sentir melhor ou tenham consiguido atingir também os seus objetivos.
Temos uma grande tarefa no processo coletivo das relações de amizade! Por isso precisamos estar atentos naquilo que fizemos ou falamos para que possamos ser positivos, semear boas coisas e responsáveis com àqueles que dependem de nós!
Como já dizia "Saint Exupèry" em seu livro o Pequeno Príncipe:
"Tu te tornas responsável por aquilo que cativa"!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Educação, desafios e transformação

Podemos ajudar a resolver os problemas da educação em nosso país a partir da base, mas que base seria essa, pois dependendo do ponto de vista poderíamos relacionar muitas variáveis: os professores, os alunos, os recursos, a qualificação, a infraestrutura, o material didático, enfim seriam muitas outras.

No meu ponto de vista quando se fala em base estamos nos referindo a base de toda a sociedade, que é a família, é dela que tudo parte, é dela que tiramos lições, é ela que imitamos quando fechamos o portão ao sair de casa para ir a escola, ao trabalho, a igreja, a vida!

Nossas crianças são o reflexo daquilo que vivenciam em casa e estão aprendendo nela como se comportar com os demais integrantes de uma sociedade que está cada vez mais distante de suas crianças, talvez pela   necessidade de trabalho dos pais, as vezes ambos, as vezes apenas um deles, já que a cada dia mais e mais famílias estão se dissolvendo por motivos diversos e por consequência gerando uma multidão de filhos de pais separados, mas que nem por isso precisam ser desamparados.

Sabemos, os que tem filhos, que não existem receitas ou programas que garantam uma boa orientação para uma adequada tomada de posição ou comportamentos que assegurem que nossas crianças e jovens possam se sentir estimulados e seguros para irem a escola com boas atitudes, com vontade de estudar, com a certeza de um retorno seguro, com o esperado carinho e atenção que necessitam.

A indisciplina, hoje, nas escolas sejam elas privadas ou públicas reflete o quanto, muitas vezes, pecamos como gestores familiares, do quanto poderíamos fazer e estamos deixando que a TV o faça, a internet, os joguinhos infantis, as companhias que nem sempre são boas e a própria rua, lugar onde nossos filhos aprendem muitas coisas enquanto estamos fora de casa e para onde vão os pais chegam do trabalho - alguns lares podem ser sufocantes!

Olhar para a situação da educação é olhar para a situação do aluno, o que este sente, o que ele quer e principalmente o que ele precisa, pois todos estamos em busca de algo: uma realização profissional, um crescimento intelectual, melhores condições de vida e até mesmo um pouco de atenção.

É comum vermos pessoas adultas carentes, sensíveis ao extremo, pela simples falta de alguém para compartilhar suas expectativas, alguém para conversar, alguém que a observe e retribua os seus gestos. Imaginar então isso tudo em uma criança é procurar entender o que precisamos fazer. Os jovens abusam da agressividade para impor sua posição ou simplesmente ir de encontro a uma situação que não lhes interessa.

Complexa essa questão de educação! Como a escola ou os educadores podem lidar com isso? Como podem fazer a sua parte quando encontram muitas tarefas a cumprir se mal dão conta de uma poucas! Afinal o que queremos para as nossas crianças? Pessoas conscientes e participativas ou apenas números estatísticos que asseguram a popularidade ou a "qualidade" informada por gestores, sejam eles públicos ou privados.

 formação é de fato é uma tarefa árdua, integra vários aspectos da vida de uma pessoa e é o diferencial de se fazer ou não educação! Aprovação não é sinônimo de eficiência nem tampouco assegura ao jovem um lugar ao sol, pois sabemos da competividade que o espera além dos portões da escola. Na verdade só alcançarão o sucesso os mais bem preparados! Será mesmo que nossos professores ao promoverem seus alunos os estão preparando para o futuro?

Mas o que os país podem fazer para que seus filhos não se tornem uma pessoa indelicada, o mau educado da sala de aula, a pessoa de quem todos querem distãncia e a quem os professores poderiam simplemente passar conhecimentos?

Como disse, anteriormente, não existem receitas prontas mas creio que podemos começar com algumas mudanças simples que certamente contribuirão para uma mudança e farão com que os pequenos se sintam mais integrados valorizados:

- Ser uma presença constante;
- Apoiar as atitudes positivas;
- Contribuir para sua autoestima;
- Criticar ações e não a criança;
- Ser um exemplo;
- Destinar parte do seu dia para dar atenção;
- Estabelecer regras;
- Impor horários para estudo;
- Não trocar presentes por boas atitudes.

Somos feitos para reagir a estímulos, sejam eles bons ou maus, por isso devemos impor pequenos desafios para que sejam superados, estimulando com isso a autoestima das crianças, a melhoria de seu comportamento e sua integração.

A acomodação não gera nada, por isso, precisamos estar em contante mudança para fazer acontecer !

Vamos começar ?

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Educação, qualidade e ficção!

É comum ouvirmos as pessoas discutindo questões que envolvem a educação e seus agentes, uns acham isso outros aquilo, é culpa dos salários baixos! é falta de interesse e preparo dos professores! tem alguma coisa errada pois o Jacarélio nunca teve problemas com matemática, enfim são muitas opiniões que passam longe do verdadeiro problema existente com a educação nos dias de hoje.

As pessoas mais vividas, não mais velhas, devem lembrar saudosas seu tempo de escola, momento em que se reuniam com a turma, os amigos, as brincadeiras onde o aprender era um privilégio e para poucos, pois o trabalho exigia sua fatia na vida dos jovens, era preciso ajudar o pai, a mãe e o dinheirinho para o material escolar estava muito excasso, mas os "primos" da cidade cursavam colégios caros e até mesmo viravam doutor!
Contudo as boas impressões e o saudosismo só vem com o tempo e me parece às pessoas mais idosas, de uma outra maneira de vida de uma outra criação, de outros tipos de pais.

Hoje, esse processo parece penoso para os envolvidos, sejam alunos ou mesmo os professores que resistem as dificuldades encontradas na sua praxis-pedagágica, que são: a falta de condições de trabalho, a carga horária, a falta de tempo para se qualificar, a indisciplina, o falta de interesse dos alunos e também, porque não dizer, os baixos salários que os obrigam a jornada de trabalho cada vez maiores, apesar dos superavits, das linhas de crédito e outros benefícios que existem por esse Brasil.

Estudar nos dias de hoje é mais complexo e deixado, por vezes, de lado não necessariamente pela necessidade de trabalho, mas pelo despreparo e falta de interesse dos nossos jovens.

O Professor geralmente chega cedo na escola cheio de pastas, livros, anotações e planos de como, hoje, irá conseguir transmitir seus conhecimentos àquela classe quase lotada, com seus 38, 40 e 45 alunos.

Missão quase impossível para um único agente, que por mais preparado, por mais vontade que tenha, por mais que queira usar seus 50 minutos de aula, correspondente a um período, de um total de cinco naquela manhã.

Quer fazê-lo de forma organizada e eficiente para atender se possível a todos e individualmente
àqueles que precisam, pois as turmas nunca são homogênias, são vários níveis de conhecimento e vários interesses individuais, quando as dificuldades ficama evidentes: é a falta de base, é o não saber interpretar as questões que são propostas, é o não entender a própria escrita, sem contar as palavras estranhas que fogem ao seu vocabulário, fórmulas matemáticas, a horrível física, tem gente que odeia até hoje, muitos anos depois, é muito "complicada".
Afinal - Pra que vamos usar isso mesmo? Pergunta um aluno com aqueles skates surrados! - Se eu vou ser jogador de futebol! - político! - ou modelo!
Não que essas nobres ocupações não precisem de preparo, conhecimento e treino, mas nossos alunos, no geral, desconhecem a importância da leitura, do raciocínio lógico, do exercitar a mente através de cálculos e outros artifícios que exigem comprometimento -  Isso dá muito trabalho!
Mas voltando aquele sujeito lá na frente!
Ele está  "tentando" passar alguma coisa quando se depara ainda com a Belinha retocando sua maquiagem, já pela segunda ou terceira vez, com o Julinho exibindo seu carrinho novo aos colegas, inclusive imitando o som do potente motor, com o reboleition ouvindo seu som preferido no MP 3, 4 e etc. - Aparelho muito bom dá quase para ouvir lá da frente, com as mensagens "fresquinhas' do torpedo que acabaram de chegar, sem falar nas múltiplas funções que tem os aparelhos celulares hoje em dia.

Não podemos esquecer também aquele aluno que quase nunca traz o material só para ficar zanzando pela sala ou ter que sentar com o colega na hora da atividade com o livro didático, afinal sem o livro não tem como!, sem o livro não dá!

Mesmo assim, restam ainda alguns minutos a serem vencidos com o conteúdo para alguns poucos que com suas dificuldades e seu interesse querem tentar aprender apesar da conversa, dos papeizinhos voadores, dos aviões feitos ali mesmo na sala de aula e do constante barulho que vem da sala vizinha.

Quase no fim, o relógio parece estar com problemas, a campanhia não toca e o alerta para fazerem a lição de casa se perde nas reclamações de alguns atentos- já não devia ter "batido" Prô?

Brimmm!!!
Esse texto é uma obra de ficção qualquer infeliz semelhança com a realidade é mera coincidência !

Educação é uma via de no mínimo duas mãos,
deveria mesmo é ter muitas mais para que a qualidade realmente existisse
e conseguissemos sair da mediocridade do necessário para passar!

Que tal começar em casa!!!!













foto: Pablo Pinheiro

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Movimento do trabalhador progressista RS e o uso da internet

Cada vez mais se fala em internet, blogs , twitter e outros meios de comunicação segmentadas, a política e seus atores com isso tem uma grande oportunidade de estar em constante contato com eleitores, partidos políticos e a sociedade, prestando informações, pedindo sugestões e se comunicando de forma rápida e precisa.

Para tanto no dia 17 de maio de 2010, com o objetivo de buscar subsídios sobre tais alternativas o Presidente do MTP-RS Prof.Rangel C. Rodrigues esteve visitando o escritório regional, recém instalado em Passo Fundo, da Relevance, empresa sediada em Campinas-SP e dirigida pelo especialista em mídia eletrônica Alexandre de Mattos.

A conversa serviu para alinhar alguns pontos e despertar para a importância do setor na comunicação política, Mattos relatou que esse segmento vem crescendo mundialmente e está servindo, a exemplo das eleições presidencias dos Estados Unidos para passar mensagens e criar uma relação mais próxima entre  os eleitores e seus representantes.

sábado, 1 de maio de 2010

DIA DO TRABALHADOR

No dia 1º de maio, de 1886, com a finalidade de reivindicação de redução de jornada de trabalho para 8 horas diarias, milhares de pessoas, realizaram uma greve geral na cidade de Chicago, Estados Unidos.

Essa data foi escolhida para representar a luta da classe trabalhadora, em decorrência dos acontecimentos ocorrido nos Estados Unidos quando trabalhadores reivindicaram o que acreditavam ser seu direito e muitos morreram por isso, tentando fazer valer sua organização como categoria e busca de melhores condições de trabalho e da redução de carga horária.

Em 1º de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França resultou na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

No Brasil, a movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e posteriormente do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país, contudo se tornou bem mais que isso e hoje representa a conscientização da importância da classe na construção de um país mais avançada e da dignidade da classe trabalhadora.

Nessa data ainda, em 1943, foi a criada a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Que assegura direitos aos trabalhadores brasilleiros.


Que tenhamos consciência de nossa importância e não deixemos nos calar frente aos abusos e ao autoritarismo.
Sejamos fortes e dignos para que sejamos lembrados como aqueles que constroem e fazem o progresso acontecer.
E não como simples massa de manobra a oportunistas e especuladores!



domingo, 18 de abril de 2010

POEMINHO DO CONTRA




Todos estes que aí estão

Atravancando o meu caminho,

Eles passarão.

Eu passarinho!



Mario Quintana



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pe Antônio Vieira

As palavras do Padre Antônio Vieira, mesmo após 400 anos, podem nos orientar e oportunizar a reflexão sobre a nossa  existência humana.

Ele nos fala sobre vários temas deixando, através de seus sermãos, belas mensagens:

Sobre a pretensão de nobreza, e prestígio - “A verdadeira fidalguia é a ação... Cada um é as suas ações, e não outra coisa... Quando vos perguntarem quem sois vós, não vades revolver o nobiliário de vossos avós, ide ver a matrícula de vossas ações... O que fazeis, isso sois, nada mais.”

Sobre a igualdade perante Deus -  “A lei de Cristo é uma lei que se estende a todos, com igualdade, e que obriga a todos sem privilégio: ao grande e ao pequeno: ao alto e ao baixo: ao rico e ao pobre: a todos mede pela mesma medida”, diz o Pe. Vieira no Sermão de Santo Antonio.

Sobre a escravização dos índios - “Não posso, porém, negar que todos nesta parte, e eu em primeiro lugar, somos muito culpados... porque devendo defender os gentios que trazemos a Cristo... acomodando-nos à fraqueza do nosso poder e à força do alheio, cedemos da sua justiça, e faltamos à sua defesa...à força de persuasões e promessas (que se lhes não guardam) os arrancamos das suas terras, trazendo as povoações inteiras a viver ou morrer junto das nossas...não só não lhes defendemos a liberdade, mas pactuamos com eles e por eles, como seus curadores, que sejam meio cativos, obrigando-os a servir alternadamente a metade do ano” (Sermão da Epifania, l662).

Sobre a escravidão negra, compara os escravos ao próprio Cristo - “Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado: porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz, e em toda a sua paixão... Cristo despido, e vós despidos: Cristo sem comer, e vós famintos: Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo.” Falando da crueldade dos senhores de engenho no trato com os escravos: “Eles mandam e vós servis; eles dormem e vós velais; eles descansam, e vós trabalhais; eles gozam o fruto de vossos trabalhos... Não há trabalhos mais doces que o das vossas oficinas; mas toda essa doçura para quem é? Sois como abelhas... as abelhas fabricam o mel, sim; mas não para si.” Em outro texto, Vieira convida a uma reflexão a respeito da dignidade dos negros, filhos de Deus e herdeiros do Cristo: “Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Não há escravo no Brasil, e mais quando vejo os mais miseráveis, que não seja para mim matéria de profunda meditação... Comparo o presente com o futuro, o tempo com a Eternidade, o que vejo com o que creio, e não posso entender que Deus, que criou estes homens tanto à sua imagem e semelhança, como os demais, os predestinasse para doces infernos, um nesta vida, outro na outra.” (um dos Sermões do Rosário)

Sobre o luxo e a riqueza - “Se as galas, as jóias e as baixelas ... foram adquiridas com tanta injustiça e crueldade, que o ouro e a prata derretidos, e as sedas se se espremeram, haviam de verter sangue; como se há-de ver a fé nessa falsa riqueza? Se as vossas paredes estão vestidas de preciosas tapeçarias, e os miseráveis a quem despistes para as vestir a elas, estão nus e morrendo de frio; como se há-de ver a fé, nem pintadas nas vossas paredes?” (Sermão da Quinta Dominga da Quaresma)

Sobre a corrupção dos governantes - “O ladrão que furta para comer, não vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera, os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento, distingue muito bem S. Basílio Magno: Não são só ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa: os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem: estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco: estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam”. (Sermão do Bom Ladrão)

Sobre o Brasil e a Bahia - “quero acabar este sermão com uma profecia alegre...e é que desta vez se há de restaurar o Brasil... Muitos transes... tens padecido, desgraciado Brasil, muitos te desfizeram para se fazerem, muitos edificam palácios com os pedaços de tuas ruínas, muitos comem o seu pão ou o pão não seu com o suor do teu rosto; eles ricos, tu pobre; eles salvos, tu em perigo; eles por ti vivendo em prosperidade, tu por eles a risco de expirar. Mas agora alegra-te, anima-te, torna em ti, e dá graças a Deus, que já por mercê sua estamos em tempo que se concorrermos com o nosso suor, há de ser para a nossa saúde.” ... “Anime-se, pois, a fidelidade e liberalidade deste povo a se socorrer e ajudar nesta causa tão justa e tão sua, estando mui certo e seguro que se der o suor, se der o sangue, não há de ser para que outros vivam e triunfem, senão para que nós vivamos e triunfemos de nossos inimigos. Tudo o que der a Bahia, para a Bahia há de ser; tudo o que se tirar do Brasil, com o Brasil se há de gastar.” (Sermão da Visitação)

Seus sermões são fontes de inspiração que atravessam os séculos e podem contribuir para que inspirados por eles possamos construir um mundo melhor para todos.