terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Benjamim Franklin mudando o seu tempo


       Muitos cientistas contribuíram para que chegássemos a ter o progresso, o desenvolvimento e o conforto que temos hoje. Um deles nos chama a atenção, não só pelo seu desprendimento como cientista, mas também pela grande contribuição que pôde dar em vida, tornando-se uma pessoa memorável em seu tempo.
      Refiro-me a Benjamim Franklin, jornalista, impressor, musicista, filósofo, economista, líder cívico, diplomata, patriota e estadista, o patriarca da independência dos Estados Unidos da América que buscava na ciência respostas para suas inquietações e que viria a contribuir de forma expressiva mais tarde com seus estudos em eletricidade e seu invento o pára-raios.
      Mas creio que sua contribuição maior se deu da forma como contribuiu para que o esclarecimento sobrepujasse a obscuridade.
     Nasceu em Boston (EUA) – 1706 e ao longo de sua vida se dedicou a atividades intelectuais que abrangeram vários ramos do conhecimento, das artes, das ciências, da educação e da política.
     De origem humilde de uma família de 17 irmãos desde cedo começou a trabalhar com o pai e os irmãos. Em 1723 mudou-se para Philadelphia onde trabalhou como impressor e se dedicou às letras e as ciências, aprendendo também idiomas e a tocar vários instrumentos musicais. Em 1730 construiu sua própria gráfica e fundou o Jornal The Pennsylvania Gazette, mais tarde o Saturday Evening Post entre a edição de uma coletânea de anedotas e provérbios populares.
     Seu sucesso permitiu que montasse tipografias em 13 colônias americanas fazendo-o acumular grande fortuna.
    Foi membro da Assembléia da Pensylvania de 1751 a 1764. Criou na Philadelphia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado.
      Autodidata, aprendeu francês e o latim, e seu primeiro livro científico de sucesso foi Experiments and observations on electricity (1751), de grande repercussão nas colônias e na Europa. Realizou (1752) a sua famosa experiência de empinar um papagaio durante uma tempestade, comprovando assim que o raio é uma descarga elétrica e inventando, assim, o primeiro pára-raios. Criou a denominação de eletricidade positiva e negativa e outros termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Em 1760 inventou os óculos bifocais.
      Foi enviado à Grã-Bretanha (1757) para solucionar a disputa entre a assembléia da Pensilvânia e a coroa britânica. Voltou a Londres (1766), como uma espécie de embaixador extraordinário das colônias, mas retornou a Filadélfia (1775), convencido de que a guerra pela independência era iminente. Designado delegado ao II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a Declaração de Independência (1776). A seguir partiu para a França, como embaixador e em busca de ajuda, e assinou o tratado de aliança entre os dois países (1776) e também assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha (1783).
      De volta a Philadelphia (1785), foi recebido como herói e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos e seu livro mais conhecido foi Autobiography, publicada postumamente.
      Seu funeral, Filadélfia (EUA) - 1790, foi acompanhado por 20 mil pessoas.


Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/

Nenhum comentário:

Postar um comentário