Estamos iniciando um período em que muitas pessoas ligadas a entidades, conselhos, sociedades de classe e outros segmentos decidem participar mais ativamente nos processos de decisões de sua comunidade de uma forma mais contundente, políticos ou não, através de uma agremiação politica se lançam candidatos, no caso deste ano a vereador ou a prefeito de suas cidades.
Vemos uma gama de "políticos" que colocam seus nomes a disposição para disputar cargos eletivos, com propostas e objetivos diversos, muitos deles o fazendo já pela segunda, terceira, quarta ou quinta vez pois a disputa de uma eleição é de fato muito complexa e desgastante.
Os já vereadores, vou me ater e esse cargo específico, representantes dos interesses do povo vão para reeleição, também pela segunda, terceira, quarta ou quinta vez, o que no último caso totaliza um tempo de 20 anos na casa legislativa. Direito legítimo destes em pleitear mais um mandato, porém o fazem de uma forma repetitiva seja nos processos, nas ações e porque não dizer nas pretensões de inovações e colaboração com sua comunidade.
Quantos mandatos, de fato, são necessários para que o representante do povo possa realizar seu trabalho, a defesa de seus projetos, a busca de melhores condições para sua comunidade enfim, quanto tempo daríamos a alguém para poder realizar uma tarefa que é representar bem o povo e promover ações transformadoras a sua volta.
Nestes dias se ouve de tudo e de todos, pois o discurso é quase o mesmo, se repete a cada eleição, todos tem objetivos comuns, falam o que o povo quer ouvir, alguns são específicos pois objetivam atingir um determinado nicho de eleitores, enfim as promessas sempre são positivas, afirmativas, conclusivas: - Vou resolver o problema de ...., vou arrumar aquilo que há anos esta ..., vou construir muito mais ..., desta vez farei ..., agora sim se eleito poderei fazer ..., são várias frases que nos enchem de esperanças e que se repetem a cada eleição.
Todavia, de nada adiantam promessas que não serão cumpridas! Poucos sabem as funções de um vereador e por vezes aquele abraço, tapinha nas costas ou aquele santinho será o último contato direto com o seu representante, pois a partir do voto, a urna será o divisor de águas na relação candidato e eleitor. Não estou sendo demasiado exagerado pois está provado que os eleitores muitas vezes sequer lembram para quem votaram, então como cobrar? Para quem cobrar uma rua mal iluminada, sem calçamento, a falta de sinalização nas vias públicas, a falta de segurança e de postos de saúde!
Por outro lado se instituiu no País que este é um período de promoções, quem dá mais pelo voto da dona Maria e do seu João, ou ainda o que aquele "cidadão" vai conseguir do candidato A ou do candidato B que o beneficiará diretamente? Por vezes este sujeito acabará votando no último contato, em Z, com quem fez um acordo minutos antes de depositar na urna sua esperança e oportunidade de obter melhores condições de vida ou melhores perspectivas para sua comunidade .
A eleição é um momento impar onde cada cidadão, politizado ou não, terá oportunidade de dar um basta na situação calamitosa que se encontra nossas cidades, onde o básico é negligenciado, onde a saúde, segurança e educação saem da pauta das discussões para dar lugar ao aumento de salário dos legisladores, ao desvio do dinheiro público, aos cobiçados títulos e homenagens e ao pucha saquismos que se faz nas câmaras municipais desse país.
Até quando vamos deixar tudo como está ou continuar beneficiando alguns em detrimento de todos? Não quero acreditar que nossa sociedade é incapaz de dizer basta! Vamos renovar nessa eleição!
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