domingo, 29 de julho de 2012

Causa e conseqüência


A cada eleição ouvimos as mesmas queixas, os eleitores, cidadãos não têm disposição ou interesse em ouvir ou conhecer os candidatos e suas propostas, o que nos leva a crer como integrantes efetivos do cenário político que não lhes interessa essa prática ou que julga de forma deturpada o exercício da política e do próprio sujeito como algo negativo e desnecessário.
Até mesmo nas redes sociais os comentários são negativos, inclusive questionando a importância dessa discussão no meio, o qual acreditamos ser o mais oportuno para oferecer subsídios às pessoas com relação aos seus futuros representantes. Isso nos mostra a falta de amadurecimento não só político, mas da própria cidadania, pois impede uma análise consistente das potencialidades oferecidas nesse momento tão importante para ao futuro de nossas comunidades.
O termo política é derivado do grego e se refere aos procedimentos relativos a polis ou  cidade-estado. Pode então se referir tanto ao Estado, quanto à sociedade e comunidade ou as demais atividades humanas. É definida também como “a convivência entre diferentes", pois se baseia na pluralidade dos homens, então a igualdade a ser alcançada nesses interesses conflitantes é a própria liberdade, pois distingue o convívio dos homens nessas cidades-estados.
Em O Príncipe, Maquiavel define a política como a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o próprio governo.
Já nas concepções Aristotéticas (filosofia de Aristóteles) a política é vista como uma ciência que busca a felicidade humana seja na forma individual do homem quanto na felicidade coletiva da polis, cabendo então as formas de governo e as instituições assegurarem uma vida feliz ao cidadão. Para tanto deve ser praticada buscando-se o conhecimento para a efetivação das ações.
"Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem; se todas as comunidades visam a algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que toda este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens; ela se chama cidade e é a comunidade política" (Pol., 1252a).
Portanto, deixar de exercer o direito a busca do conhecimento e da análise dos potenciais dos candidatos e suas propostas, é um retrocesso nos processos de desenvolvimento da própria coisa pública e consequentemente, da própria busca de soluções para os problemas da comunidade e porque não dizer da sua própria felicidade.

Nessa eleição renove!

Pela terceira vez participo de um pleito eleitoral, em 2006 disputamos o cargo de Deputado Federal e em 2008 o cargo de Vereador, agora mais uma vez coloco meu nome a disposição do meu Partido (PP) onde sou vice-presidente em Passo Fundo, para concorrer ao cargo de Vereador.
Hoje com a experiência de duas campanhas posso falar que ser candidato não é uma tarefa fácil, pois são muitas as dificuldades, principalmente para os novatos, sem recursos ou estrutura, também porque a politica está desacreditada e não culpo a população por isso, pois é triste ver o que acontece diariamente nesse país sem que providências sejam tomadas.
Como educador vejo a esperança e a oportunidade de trabalhar pelo crescimento e desenvolvimento das pessoas e da própria sociedade, não podemos nos omitir e deixar passar a oportunidade de dar nossa contribuição, por isso e por acreditar que tenho experiência política suficiente, além de preparo administrativo e principalmente a vontade de servir a minha comunidade, de desenvolver projetos que beneficiem as crianças, base de nossa sociedade, e assegurar o cumprimento das condições para que as pessoas tenham uma  melhoria na sua qualidade de vida, e também um olhar especiail a melhor idade.
Agradeço o apoio de todos e deixo a certeza do meu compromisso.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ano eleitoral promessa promocional!

Estamos iniciando um período em que muitas pessoas ligadas a entidades, conselhos, sociedades de classe e outros segmentos decidem participar mais ativamente nos processos de decisões de sua comunidade de uma forma mais contundente, políticos ou não, através de uma agremiação politica se lançam candidatos, no caso deste ano a vereador ou a prefeito de suas cidades.
Vemos uma gama de "políticos" que colocam seus nomes a disposição para disputar cargos eletivos, com propostas e objetivos diversos, muitos deles o fazendo já pela segunda, terceira, quarta ou quinta vez pois a disputa de uma eleição é de fato muito complexa e desgastante.
Os já vereadores, vou me ater e esse cargo específico, representantes dos interesses do povo vão para  reeleição, também pela segunda, terceira, quarta ou quinta vez, o que no último caso totaliza um tempo de 20 anos na casa legislativa. Direito legítimo destes em pleitear mais um mandato, porém o fazem de uma forma repetitiva seja nos processos, nas ações e porque não dizer nas pretensões de inovações e colaboração com sua comunidade.
Quantos mandatos, de fato, são necessários para que o representante do povo possa realizar seu trabalho, a defesa de seus projetos, a busca de melhores condições para sua comunidade enfim, quanto tempo daríamos a alguém para poder realizar uma tarefa que é representar bem o povo e promover ações transformadoras a sua volta.
Nestes dias se ouve de tudo e de todos, pois o discurso é quase o mesmo, se repete a cada eleição, todos tem objetivos comuns, falam o que o povo quer ouvir, alguns são específicos pois objetivam atingir um determinado nicho de eleitores, enfim as promessas sempre são positivas, afirmativas, conclusivas: - Vou resolver o problema de ...., vou arrumar aquilo que há anos esta ..., vou construir muito mais ..., desta vez farei ..., agora sim se eleito poderei fazer ..., são várias frases que nos enchem de esperanças e que se repetem a cada eleição.
Todavia, de nada adiantam promessas que não serão cumpridas! Poucos sabem as funções de um vereador e por vezes aquele abraço, tapinha nas costas ou aquele santinho será o último contato direto com o seu representante, pois a partir do voto, a urna será o divisor de águas na relação candidato e eleitor. Não estou sendo demasiado exagerado pois está provado que os eleitores muitas vezes sequer lembram para quem votaram, então como cobrar? Para quem cobrar uma rua mal iluminada, sem calçamento, a falta de sinalização nas vias públicas, a falta de segurança e de postos de saúde!
Por outro lado se instituiu no País que este é um período de promoções, quem dá mais pelo voto da dona Maria e do seu João, ou ainda  o que aquele "cidadão" vai conseguir do candidato A ou do candidato B que o beneficiará diretamente? Por vezes este sujeito acabará votando no último contato, em Z, com quem fez um acordo minutos antes de depositar na urna sua esperança e oportunidade de obter melhores condições de vida ou melhores perspectivas para sua comunidade .
A eleição é um momento impar onde cada cidadão, politizado ou não, terá oportunidade de dar um basta na situação calamitosa que se encontra nossas cidades, onde o básico é negligenciado, onde a saúde, segurança e educação saem da pauta das discussões para dar lugar ao aumento de salário dos legisladores,  ao desvio do dinheiro público, aos cobiçados títulos e homenagens e ao pucha saquismos que se faz nas câmaras municipais desse país.
Até quando vamos deixar tudo como está ou continuar beneficiando alguns em detrimento de todos? Não quero acreditar que nossa sociedade é incapaz de dizer basta! Vamos renovar nessa eleição!