terça-feira, 24 de maio de 2011

" Nós temo ferrados! "

Não bastasse os problemas habituais com a educação agora contribuem para a falta dela!
Recentemente descobrimos que livros adotados pelo MEC para nossas crianças da escola pública, aquelas que não tem condições de pagar por uma escola de "qualidade" privada, estão sendo ensinadas a falar errado, alguns dizem que é exagero outros que não dá nada ou pior alguns dizem que não tem problema falar um pouquinho errado, pois temos que respeitar  tal variedade lingüística.
Ora será que podemos simplesmente fechar os olhos e deixar que isso vire em pizza como quase tudo que acontece nesse Brasil de dimensões continentais ou deixar como está afinal não é com os nossos filhos?
Que tipo de responsabilidade tem os que fazem aqueles discursos sobre valorização de educação, os tradicionais políticos e pedagogos, os que ficam atrás das mesas ditando as regras para aqueles que estão lá no front da sala-de-aula, brigando para poder ser ouvido, para poder ditar a matéria, para que seus alunos tenham compromisso ou para que simplesmente consigam fazer seu trabalho.
Não está fácil dar aula, qualquer professor sabe disso, pois sentem  que a dificuldade começa na falta de tempo, pois o número de dias e de horas não permite tempo para estudos,  as exigências burocráticas são cada vez maiores, sem contar a hora do recreio que é usada para dar avisos e até para atender pais de alunos.
A infra-estrutura, embora digam que está boa sabemos deixa muito a desejar, a começar pela velha e boa lousa e o giz de péssima qualidade que contribue para rinite entre problemas de pele.
Fazer educação já está difícil sem ter que dar um jeitinho de dizer que o que foi ensinado até agora, que o que foi cobrado a nós e nossos país em concursos  e conversas está errado, que pode ser mudado, agora, um pouquinho, pois temos muita diversidade no país e cada um fala de um jeito.
O problema é que nem sempre quem fala é entendido, que cada um fala de um jeito mas que temos um jeito que deve ser de todos senão teremos sim preconceitos e uma tremenda perda de identidade linguística. Falar nesse momento em aceitar esses erros por uma variedade lingüística é covardia ou no mínimo incompetência.
Será que podemos assumir que as coisas não vão bem e que precisamos de políticas públicas que façam à diferença para que nosso povo seja educado de forma séria e competente, que tenhamos responsabilidade com o crescimento do país e do nosso povo, tornando-os verdadeiros sujeitos ao invés de mera mão de obra barata ou simples massa de manobra.
Vamos valorizar nossos jovens e impedir que 4.236 escolas públicas do país digam a nossas crianças que falar errado é legal e a partir de agora é correto!
Que país é esse ! ! !

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A prática educativa

A prática educativa esboçada no planejamento escolar requer uma dimensão de assimilação dos processos cognitivos e das posturas frente as dimensões político-pedagógicas intrinsecas na transmissão dos conteúdos curriculares.
Os métodos ou técnicas empregadas nos procedimentos de ensino vem ao encontro das necessidades da atividade educacional, suas técnicas requerem um preparo antecipado ou uma complexidade de preparação do agente nas mais variadas possibilidades didáticas visando suprir as necessidades emergentes nos momentos da aplicação do saber.
Uma ação progressita  ou conservadora poderá imperar na metodologia aplicada, ora vislumbrando um crescimento qualitativo e versátil ora na manutenção dos princípios que não requerem opções diversificadas, todas refletindo grandemente a prática pedagógica a que se está associado o processo.
As tendências pedagógicas na prática escolar  não são neutras pois têm no seu contexto uma função política, seja ela no sentido de manutenção das condições existentes ou até mesmo retrocedendo os processos ou na prática quanto inovadora e renovadora do desenvolvimento das relações com o conteúdo e sua interpretação.
Vemos, por vezes,  a tentativa de controle sobre o conteúdo ao se interferir de forma consistente na metodologia de  como se distribuem os saberes e os planejamentos dentro das diretrizes condensadas nos processos administrativos.
As questões metodológicas estão também ligadas as relações professor-aluno, as quais são fatores diferenciais nos processos de aceitação do conteúdo e da própria  construção do conhecimento, pois do ponto de vista dos alunos as relações por vezes ultrapassam as dificuldades fazendo-os se dedicarem mais em alguma matéria do que noutra, em virtude direta das relações construidas durante o ato educativo.
Essa interação benéfica no âmbito escolar poderá ser fator de formação não apenas nas questões ligadas ao conteúdo mas também na formação da autoestima e na formação pessoal do aluno, os quais nesse período requerem fortes doses de incentivo e atenção.
Fator também importante é a relação dos conteúdos com a vida prática do aluno, seus interesses, suas aspirações e suas inquietudes devem ser consideradas numa análise mais abrangente dos procedimentos educativos, sob pena de haver apenas uma mera transmissão de conhecimentos os quais nem sempre serão assimilados ou sequer interpretados pelos alunos.
Devemos lembrar que o ideal educativo definirá a técnica a ser empregada levando-nos as questões: Por que estamos educando? Qual nosso objetivo nesse processo? Onde queremos chegar?
Respondidas essas perguntas poderemos então buscar procedimentos que contemplem as aspirações dos que necessitam do conhecimento, as relações sociais existentes e  a necessidade de adaptação ao meio visando com isso o educar para transformar.
Nossa tarefa como educadores é semear a dúvida, regar a curiosidade e despertar no indivíduo a necessidade de alcançar um objetivo seja como estudante ou como sujeito ativo na sociedade.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O valor da vida humana

Toda vida deveria merecer respeito, pois é uma obra de Deus! Seja ela de uma vítima de atentado ou de  um terrorista. Vivemos num mundo selvagem onde as pessoas se acham no direito de fazer o que bem entendem, sem respeitar leis, convenções ou mesmo o bom senso.
Quando alguém nos ofende ou pior nos prejudica em demasia, matam pessoas próximas seja de forma voluntária ou involuntária a vontade é de fazer justiça, de resolver as coisas com as próprias mãos. Porém pensemos até que ponto isso está correto?
Os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos chocaram a todos nós, quem não teve o sentimento de dor pela perda de tantas vítimas, sentimento de perda por aquelas pessoas que só queriam seguir suas vidas, os parentes que se foram, os familiares que não mais voltaram para casa, certamente isso chocou e revoltou a todos.
Atentados são grotescos, covardes e sem medida pois estão direcionados a pessoas inocentes que não podem se defender ou fugir, regras básicas encontradas em um conflito, aqueles que o praticam merecem a devida punição, merecem até mesmo, quem sabe a morte.
Todavia, esse processo tem que estar respaldado na civilidade, na ordem universal das coisas, nas regras que não permitam um simples e prático ato de punição sem julgamento, sem a reflexão e sem os trâmites normais que nos separam da barbárie.
Por esse mundo a fora, quantas coisas horríveis estão sendo praticada nesse exato momento, quantas vidas estão sendo ceifadas, quantas pessoas estão sofrendo tortura, outras simplesmente sumindo da face da Terra, isso tudo é deprimente, saber que o ser humano é capaz de fazer as maiores barbaridades com seus semelhantes, muitas vezes ficando na impunidade ou tardando sua punição.
Precisamos repensar a formação do caráter do homem, que tipo de pessoas temos hoje circulando pelo mundo, que tipo de governos podem fazer o que bem entendem sem ter que prestar contas de seus atos ou porque para alguns é justiça e para outros não o é.
Queremos viver num mundo onde quem pode mais chora menos? Onde em nome de crenças e autoridades as coisas acontecem e ninguém faz nada? Ou simplesmente porque não é com agente deixa prá lá!
O julgamento do terrorista Bin Laden poderia ter contribuído para que a reflexão e a discussão se efetivasse nos mais distantes confins da terra e os homens então saberiam que não lhes é permitido fazer o que querem sem que a punição os alcance.
Precisamos renovar nossa condição de seres humanos, de pessoas que buscam viver em harmônica, na busca da justiça, onde a convivência se instale pela tolerância, pois não somos os donos da verdade, nem tampouco seus juizes.

domingo, 1 de maio de 2011

O planejamento educativo


A educação brasileira tem enfrentado uma série de reveses que por vezes são impostos simplesmente no intuito de se buscar a "melhoria na educação", contudo nem sempre na prática podem ser aplicadas receitas, supridas certas exigências e tampouco promovida as ações educativas.

Muito se discutem por parte dos educadores, técnicos e pensadores, questões como planejamento, metodologia e avaliação.

O planejamento é uma parte integrante do processo educacional, onde são traçadas metas a serem cumpridas num determinado período de tempo a fim de instaurar o processo ensino-aprendizagem. O diagnóstico do público alvo, para tanto, se faz necessário e é fator essencial para a busca de metodologias que aplicadas aos conteúdos relacionados daquele ano possam ser aplicadas, sempre levando em conta o nível de entendimento do aluno, a diversidade da turma procurando adequá-los, o mais próximo possível, da realidade e das necessidades dos alunos.

Então para se ter um bom planejamento é preciso identificar as variáveis e os aspectos relevantes para serem mensurados e efetivamente praticados.

Levar em conta a diversidade dos alunos, o grau de conhecimento empírico de cada um, as facilidades de aprendizado, as dificuldades e o comprometimento individual e coletivo com relação a educação que se busca na sala-de-aula requer, cada vez mais, planejamentos adequados, justos e aplicáveis.

Por vezes o planejamento torna-se um mero instrumento destinado ao registro do que se gostaria de praticar ou pior se torna obsoleto frente as necessidades emergenciais da turma ficando o mesmo a deriva do tempo e da própria prática que exige e se desenvolve de uma maneira dinâmica e de constante renovação.

A realidade do processo educativo obriga os profissionais a se reinventarem, a mudar sua práxis a fim de assegurar o sucesso do seu labor, o qual por vezes é desprezado e negligênciado pelos próprios atores que vêem nesse ato um intrincado e desnecessário procedimento na prática educativa.

O planejamento não pode ser considerado um ato isolado do processo educativo ou desvinculado as especificidades da escola, ele deve ser aplicado como um princípio norteador que na sua prática poderá ser retomado, rediscutido e aprimorado a fim de assegurar que a educação se efetive.